JUSTIFICATIVA:

O graffiti surgiu no Brasil na década de 1970. Primeiro através das pichações poéticas e depois com a stencil art, técnica que consiste em aplicar desenhos moldados em máscaras de papel-cartão grosso, com reprodução seriada. Rapidamente, esse tipo de intervenção artística foi ganhando adeptos, tornando-se um movimento artístico de grande influência na capital paulista, chamando a atenção de todo o País.[1]

Atualmente, o graffiti, ou grafite, faz parte da cultura urbana e do cotidiano de pessoas que vivem na nossa Capital.

Esse tipo de expressão artística, mais democrática, existe desde os tempos pré?históricos, mas o movimento do grafite começou a ser conhecido mundialmente por meio da cultura hip-hop e do movimento underground.

O grafite expressa símbolos, ideologias, protestos e, principalmente, é capaz de mudar a estética urbana de uma cidade. Para os artistas, qualquer muro pode se transformar em uma tela branca. Muros, prédios, calçadas, bancos de praças podem migrar inclusive para a moda.

O mais importante no Graffiti é a expressão. Nesse sentido, é uma arte que humaniza o espaço urbano, dando cor, vida e beleza aos muros da cidade. O graffiti é também um grande fator de inclusão social. Em todas as regiões metropolitanas do pais, centenas de projetos sociais se utilizam do graffiti como forma de inserção de jovens em ações de cidadania.

A data deve ser comemorada anualmente na última quinzena de março, incluindo que o dia 27 de março, data do falecimento de Alex Vallauri, pioneiro do graffiti no Brasil. Nascido na Etiópia em 1949, filho de italianos, Vallauri foi grafiteiro, pintor, artista gráfico, desenhista cenógrafo e gravador.

Chegou ao Brasil em 1965, em Santos, e logo se transferiu para são Paulo. Fez graduação em comunicação visual na FAAP, onde depois tornou-se professor. Entre vários fatos da sua vida, realizou especialização em Estocolmo (Suécia) e, a seguir, iniciou seus trabalhos em graffiti no Brasil. Passou uma temporada em Nova York entre 1982 e 1983 e também participou de três edições da Bienal Internacional de Arte em São Paulo, sendo o primeiro grafiteiro a participar do evento.[2]

Incluir a Semana do Grafite e da Arte Urbana no Calendário de Datas Comemorativas do Município de Sorocaba, na semana que compreender o dia 27 de março, é um reconhecimento do valor de Alex Vallauri para a cultura nacional, e dos artistas urbanos de uma forma ampla e geral.

Diante do exposto, conto com o apoio dos Nobres Pares para aprovação desta Proposição.


[1]  Fonte: www.diplomatique.org.br/print.php?tipo=ac&id=2787

[2]  Fonte: www.acaoeducativa.org.br/index.php/todas-noticias/383-espaco-de-cultura-e-mobilizacao-social